- Área: 1150 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:manufatura creative
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Fabricantes: Deca, Florense, Gradebras, Kabala, Marmoraria Alvorada, SmartControl, Sonotto, Síntese, Talentus Esquadrias, Vallori
Descrição enviada pela equipe de projeto. Todo o processo de concepção da Casa Cubos começou com a necessidade de uma fachada cega, respeitando a privacidade que os moradores buscavam. Mas, em contraponto a condição inicial, foi proposto que, da volumetria básica e monolítica, fossem retirados volumes criando uma espécie de jogo de cheios e vazios. Surgindo então, os cubos, elementos marcados por extensos painéis de madeira emoldurados por chapas de aço.
A escolha do concreto aparente foi aceita desde o começo, agregando toda a plástica que o projeto necessitava. Uma casa, prática, funcional, atemporal e que pudesse ser inserida no contexto de uma cidade jovem e modernista como Brasília. O casal e seus dois filhos aceitaram o desafio de toda a execução como realização de um sonho.
Madeira, concreto, aço – uma trilogia que marcou as fachadas, revestimentos e elementos em todo o projeto. Além do aspecto brutalista e moderno que o partido buscava. Foi importante aproveitar o “peso” do concreto para alcançarmos os planos cegos das fachadas, mas, ao mesmo tempo os grandes vãos dos espaços foram possíveis pelo uso de estruturas metálicas aliadas ao concreto armado e protendido.
Para o casal era importante uma integração única entre living, jantar e gourmet. Para isso, foram adotadas grandes portas de vidro que pudessem ser recolhidas entre paredes, garantindo a formação de um espaço único, quando necessário. Ainda no térreo, um cinema para 12 lugares atendeu a paixão pela 7ª arte da família, que adora receber amigos.
Já o pavimento superior foi concebido respeitando a privacidade de cada quarto, que se unem pela varanda principal com largura de 2m. Para garantir a ventilação e iluminação naturais, claraboias e pergolados foram empregados, bem como o uso de venezianas de madeira, que possibilitam a ventilação dos espaços sem perder a privacidade. O piso segue único em todos os ambientes (madeira cumaru), trazendo aconchego ao uso em larga escala do concreto.
O paisagismo (concebido pelo escritório da paisagista Ana Paula Róseo) e todo o projeto luminotécnico (Lumini), foram feitos em parceria com o Studio de arquitetura que visa sempre a integração de todas as etapas da obra a fim de manter uma unidade em todo o resultado final.
Enfim, como resultado, uma arquitetura de linhas retas, sem excessos. Jamais pensamos em casas e obras exuberantes. Já dizia Mies van der Rohe: "Menos é mais"! E, sabendo que todo cliente é único, escutá-los com toda a atenção merecida, facilita nosso trabalho e a realização de um sonho de um projeto que possa ser de fato executado.
Além de tudo, Brasília é, sem dúvidas, estimulante para a prática de nossa profissão. A arquitetura moderna da cidade representa toda a exploração das possibilidades construtivas da época, o que também procuramos transpor aos projetos. Estamos sempre em busca dessa evolução, trabalhando a estrutura das obras, os grandes vãos, eliminando o desnecessário. Com foco que o importante é criar projetos compatíveis e cuidadosos com essa arquitetura pura da cidade.